sexta-feira, 29 de abril de 2016

Grafeno: O material do futuro

 

Derivado do grafite, este material é uma estrutura bem simples, 200 vezes mais forte que o aço e tão resistente como o diamante. O grafeno pode ser considerado um material de 1001 utilidades, matéria mais revolucionaria do que o plástico e silício. Tão grande fama deve-se por características particulares, leveza, transparência e flexibilidade, além de ser um ótimo condutor de eletricidade.
 
O físico Philipe Russel Wallace foi o primeiro a descobrir e estudar o material Grafeno, em 1947, de maneiras bem limitadas as primeiras evidencias da matéria. Se tornando realidade em 1962 pelos químicos alemães Ulrich Holfmann e Hanns-Boehm, sendo batizado por Boehm, no mesmo ano. No ano de 2004 o conhecimento do grafeno foi “visto” pela massa, graças aos cientistas, Konstantin Novolesov e Andre Geim, ambos da Universidade de Manchester, na Inglaterra. Resolveram testar o grafeno como transistor, o papel do silício em semicondutores, com ótimos resultados alcançados.


As possibilidades do uso do grafeno são muito vastas, sendo usados em praticamente todos os setores da indústria, sendo hoje a mais comentada no setor tecnológico, na produção de smartphone e tablets. Será possível daqui a uns anos a produção de aparelhos totalmente flexíveis, dobrados e desdobrados sem prejudicar a sua tela de altíssima resolução e nenhum de seus funcionamentos, podendo também ser transparente e fino como folha de papel, as baterias dos novos smartphones poderão durar uma semana e poderão ser recarregadas em 15 minutos. Recentes avanços em pesquisas demonstram vantagens da aplicação do grafeno em fibras óticas, para melhorar a qualidade da transmissão de dados e ampliar a banda da internet.



quinta-feira, 28 de abril de 2016

Prótese de Mamona



A mamona, planta da família Euphorbiaceae, tem largo espectro de aproveitamento no setor farmo-químico, amplia agora sua opção de uso ao ter sua resina empregada para a confecção de peças para implante de próteses.

 Fonte: Google Images
 

O polímero, em sua primeira característica é o óleo de mamona, foi
 desenvolvido pelo professor de química da Universidade de São Paulo, 
(USP) em São Carlos, Gilberto Chierice.
  

O professor explica que o óleo que é extraído da semente da mamona, 
é à base do polímero, como um plástico vegetal. Tendo um enorme valor
 para pessoas com necessidade de implantes ósseos.

Partindo desde polímero, foram desenvolvidos vários moldes de partes
 a estrutura óssea humana, como um cimento vegetal. "As próteses de
 polímero de mamona substituem as pesadas e caras próteses convencionais
 feitas de platina. Obtidas com diferentes texturas e densidade, podem substituir
 até implantes de silicone", diz o químico Gilberto Chierice.
  


As pesquisas tiveram inicio em 1987, com o químico Gilberto Chierice com o objetivo de reduzir custos das próteses já existentes e ampliar o indicie de aceitação do corpo com seu “novo membro”.  "Criamos um polímero, mais ou menos parecido com o atual. Primeiro testamos o material em animais, depois em pacientes terminais, cujas análises após o óbito mostraram uma perfeita compatibilidade com o organismo.   
Fonte: Google Images
Os primeiros implantes das próteses foram realizados há cinco anos no Hospital Amaral de Carvalho, em Jaú, interior de São Paulo", diz o Chierice.  Além de a recuperação ser bem mais rápida, o paciente não precisa ficar no CTI (Centro de Terapia Intensiva), pois o polímero em contato com o tecido do corpo inibe as substâncias mediadoras da inflamação e da dor.  Entre tantos pontos positivos do polímero, foi tornar a operação mais simples, "já que a radiografia da falha óssea do paciente é levada para o computador, que produz a peça exata que deve ser feita com o polímero para recuperar a parte anatômica danificada. Com isso, a parte óssea do paciente não precisa ser tão manipulada para receber a prótese. Isso reduz o tempo da cirurgia e a torna mais econômica”.


Além disso, "a prótese é individual, ou seja, especialmente desenhada para cada 
pessoa. Qualquer um pode se beneficiar dessa operação, pois o polímero é bio-compatível, 
ou seja, o organismo humano não o enxerga como corpo estranho, devido à estrutura
 molecular do óleo da mamona" ,afirma o químico.

O cimento ósseo tem como função preencher espaços entre a prótese de superfície e o 
osso poroso, possibilitando o encaixe. Sua grande vantagem em relação ao cimento 
convencional é de ser isento de toxinas que provocam a queda da pressão do paciente 
durante a cirurgia e a aceitação do organismo.

"A prótese de polímero já foi patenteada. O produto é bem brasileiro", informa 
o químico. O produto é usado principalmente nas neurocirurgias. O material serve para reconstruir
 a calota craniana e as vértebras.