sexta-feira, 1 de abril de 2016

Curiosidades da Química: A “QUÍMICA DO AMOR”





Quem nunca pronunciou a velha frase “Rolou uma química entre a gente” quando conheceu alguém por quem se interessou? Então, a verdade é que a ciência pode explicar tal frase, com a QUÍMICA.
O coração acelerado, arrepios e uma sensação de felicidade quando estamos amando nada mais é que o resultado de uma complexa cadeia de reações químicas do cérebro, e existe com o intuito único de propagar a nossa espécie.
"Os homens devem saber que do cérebro, e só do cérebro, derivam prazer, alegria, riso e divertimento, assim como tristeza, pena, dor e medo". A frase foi dita por Hipócrates (460-377 a.C.) há milhares de anos, mas continua certeira.
O “amor” é um complexo fenômeno neurobiológico, baseado em atividades cerebrais, que incluem principalmente certas moléculas, denominadas de hormônios.  Nesse contexto é que a “Química do Amor” entra em cena.

Fases da “Química do Amor”


Primeira fase: 

Essa é a fase em que as sensações e o desejo sexual têm no corpo humano. Eles são despertados pela circulação dos hormônios sexuais, iniciada na adolescência: a testosterona nos homens e o estrogênio nas mulheres.



Mesmo antes de encontrarmos o ser amado, quando ainda estamos procurando um parceiro, sentimos uma necessidade de formarmos pares, porque isso assegura a geração de descendentes e oferece um ambiente seguro que permita ao ser gerado poder amadurecer e tornar-se capaz de sobreviver sozinho.

Segunda fase: 

Os compostos químicos que atuam em nosso cérebro fazendo com que só pensemos na pessoa amada. Ocorrem assim diversas reações em nosso corpo:
O cheiro da pessoa amada é um estimulante, que mexe com o cérebro e com o corpo. Isso ocorre porque as moléculas que emanam da pessoa vão pelo nariz e quando entram em contato com os hormônios olfativos, a informação é transmitida para o cérebro. Nesse momento sensações e memórias se fundem, o hipocampo registra a imagem do amado e determinado cheiro passará a sempre estar ligado à sua imagem.
Um aspecto bioquímico relacionado ao cheiro é que a pessoa nesse estado excreta pelo cheiro substâncias químicas que permitem a comunicação e a atração com outro ser da mesma espécie. A essas substâncias é dado o nome de ferômonios.
Os feromônios sexuais são comuns em animais e, principalmente em insetos; sendo utilizados para atrair o parceiro para a cópula e assim preservar a espécie através da procriação. Estudos controversos mostram que o ser humano também emite um tipo de feromônio sexual. Mas, segundo um levantamento feito pela revista Science de 2005, essa é uma das 125 questões ainda não respondidas pelos cientistas.
Quando vemos a pessoa amada as nossas pupilas se dilatam, o rosto fica vermelho, os batimentos do coração aceleram, nos arrepiamos, as mãos suam e os lábios ficam mais rosados. Isso ocorre porque o sangue corre pelos minúsculos vasos debaixo da pele, a temperatura de nosso corpo sobe e se produz mais noradrenalina, que é o hormônio que acelera o bater do coração.
No cérebro há uma explosão de reações causadas pelos neurotransmissores. Um deles é a dopamina, o neurotransmissor do prazer. A serotonina é o hormônio que nos torna obcecados. Essas substâncias produzidas em nosso corpo são muito parecidas com drogas do tipo anfetaminas.




O carinho dado pelo toque é algo que também nos dá muito prazer, pois debaixo da pele, 1,5 milhão de receptores registram as sensações que são transmitidas para milhares de terminações nervosas.  O contato desencadeia uma corrente elétrica que viaja através da medula espinhal e chega ao cérebro, liberando mais endorfina. A endorfina atua no sistema límbico, que é a área do cérebro responsável pelo prazer.


Contudo esses sentimentos por mais intensos que sejam não duram por muito tempo ao que encadeira a terceira fase.


Terceira fase: 

É a fase de ligação, que é feita por dois hormônios que são liberados durante a relação sexual: a oxitocina (hormônio do carinho) e a vasopressina.
A oxitocina provoca contrações no músculo uterino e produção de leite; aparentemente está envolvida no relacionamento entre a mãe e o bebê.

Estrutura da Oxitocina

Isso pode até parecer que o amor esfriou, mas na verdade o corpo já está acostumado com a produção desses hormônios acima citados.  E a “paixão se tornou amor”.



 Texto adaptado por Gabriela Martins em Química para quem ama a natureza.

Publicado por: Jennifer Rocha Vargas Fogaça em Curiosidades Químicas. Disponível em:  <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/a-quimica-amor.htm>. Acesso 01 de abril de 2016.


  • Sites consultados:
A QUÍMICA DO AMOR
Por: Aretha Yarak e Guilherme Rosa em Beta Veja.com/ ciênicas

Bioquímica: Hormônios – A química do Amor
Por: Zambi Rodrigues. Licenciando da 7ª fase do Curso de Ciências da Natureza com Habilitação em Química do IFSC
Professor de Química na EEB Profª Maria Barbosa José vieira

O amor também é química: entenda o porquê
Por: HypeScience
<http://hypescience.com/o-amor-tambem-e-quimica/>. Acesso 01 de abril de 2016.
 

 



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