A mamona, planta da família Euphorbiaceae, tem largo espectro de aproveitamento no setor farmo-químico, amplia agora sua opção de uso ao ter sua resina empregada para a confecção de peças para implante de próteses.
Fonte: Google Images
O polímero, em sua primeira característica é o
óleo de mamona, foi
desenvolvido pelo professor de química da Universidade de
São Paulo,
(USP) em São Carlos, Gilberto
Chierice.
O professor explica que o óleo que é extraído
da semente da mamona,
é à base do polímero, como um plástico vegetal. Tendo um
enorme valor
para pessoas com necessidade de implantes ósseos.
Partindo
desde polímero, foram desenvolvidos vários moldes de partes
a estrutura óssea
humana, como um cimento vegetal. "As próteses de
polímero de mamona
substituem as pesadas e caras próteses convencionais
feitas de platina. Obtidas
com diferentes texturas e densidade, podem substituir
até implantes de silicone", diz o
químico Gilberto Chierice.
As pesquisas tiveram inicio
em 1987, com o químico Gilberto Chierice com o objetivo de reduzir custos das
próteses já existentes e ampliar o indicie de aceitação do corpo com seu “novo
membro”. "Criamos um polímero, mais ou menos parecido com o atual. Primeiro
testamos o material em animais, depois em pacientes terminais, cujas análises
após o óbito mostraram uma perfeita compatibilidade com o organismo.
Fonte: Google Images
Os primeiros implantes das próteses foram realizados
há cinco anos no Hospital Amaral de Carvalho, em Jaú, interior de São
Paulo", diz o Chierice. Além
de a recuperação ser bem mais rápida, o paciente não precisa ficar no CTI
(Centro de Terapia Intensiva), pois o polímero em contato com o tecido do corpo
inibe as substâncias mediadoras da inflamação e da dor. Entre tantos pontos positivos do polímero, foi tornar a operação mais simples, "já que a radiografia da falha
óssea do paciente é levada para o computador, que produz a peça exata que deve
ser feita com o polímero para recuperar a parte anatômica danificada. Com isso,
a parte óssea do paciente não precisa ser tão manipulada para receber a
prótese. Isso reduz o tempo da cirurgia e a torna mais econômica”.
Além disso, "a prótese é individual, ou seja,
especialmente desenhada para cada
pessoa. Qualquer um pode se beneficiar dessa
operação, pois o polímero é bio-compatível,
ou seja, o organismo humano não o
enxerga como corpo
estranho, devido à estrutura
molecular do óleo
da mamona" ,afirma o químico.
O cimento ósseo tem como função preencher espaços
entre a prótese de superfície e o
osso poroso, possibilitando o encaixe. Sua grande vantagem em
relação ao cimento
convencional é de ser isento de toxinas que provocam a queda
da pressão do paciente
durante a cirurgia e a aceitação do organismo.
"A
prótese de polímero já foi patenteada. O produto é bem brasileiro",
informa
o químico. O produto é usado principalmente nas neurocirurgias. O
material serve para reconstruir
a calota craniana e as vértebras.
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