A
definição do termo antibiótico também tem história. O termo inicial proposto
por Vuillemin em 1889 era "antibiose" e que definia o antagonismo dos
seres vivos em geral. O nome antibiótico foi primeiramente usado por Waksman em
1942, meio século após Vuillemin. O primeiro antibiótico, a penicilina foi
descoberta por Alexander Fleming em 1928.
Penicilina
Penicilina |
As penicilinas constituem um dos grupos mais
importantes de antibióticos. Todas as penicilinas possuem a mesma estrutura
geral b-lactâmica tiazolidínica. A intensidade da atividade antibacteriana
depende da esterioquímica da cadeia lateral. (CIBER SAÚDE, 2010).
Em 1928, Alexander Fleming, médico e
bacteriologista escocês, descobriu a penicilina, um antibiótico
natural derivado de um fungo (gênero Penicillium), que
revolucionou a medicina desde então.
Alexander Fleming |
Em seu laboratório, Alexander tinha diversas
placas de petri contendo cultura de alguns microrganismos para estudos. Em uma
cultura de Staphylococcus Aureus, o grande causador de infecção
generalizada, Fleming, percebeu algo estranho. A placa havia sido infectada por
bolores, e em sua volta, não havia nenhuma bactéria.
Isolando este tipo de fungo, descobriu-se que era
do gênero Penicillium, e a substância produzida por ele, tinha efeito
bactericida. A esta substância deu-se o nome de penicilina,
substância que impede a produção das moléculas de carbono que são responsáveis
pela formação da membrana da bactéria.
Fungo do gênero Penicillium |
O primeiro tratamento com penicilina em seres
humanos aconteceu em 1941, em um agente da polícia que sofria de uma infecção
chamada septicemia. A penicilina se tornou um importante medicamento da época e
é de grande eficácia no tratamento de doenças infecciosas de origem bacteriana.
Estrutura Química da Penicilina
As penicilinas contêm
um anel ativo, o anel beta-lactâmico, que partilham com as cefalosporinas.
As penicilinas contêm um núcleo comum a todas elas e uma região que varia
conforme o subtipo. Todas as penicilinas têm a mesma estrutura básica: ácido 6
aminopenicilanico, um anel tiazolidina unido a um anel beta lactamico que leva
um grupo amino livre.
Arma de guerra
Pouco tempo depois da descoberta de Fleming, as
pesquisas com a penicilina simplesmente pararam. Achando que a droga poderia
não ser um bom negócio, o professor resolveu se dedicar a outro medicamento, o
salvarsan, contra sífilis – mal sabia ele que a própria penicilina era um santo
remédio contra a doença. Somente na década seguinte, entre 1938 e 1939, a dupla
de pesquisadores Ernst Chain e Howard Florey, da Universidade de Oxford, na
Inglaterra, retomou os estudos com a penicilina, agora com a intenção de
administrá-la na veia.
Paralelamente às pesquisas de Chain e Florey,
estourou a Segunda Guerra Mundial. A necessidade de uma nova droga para tratar
infecções era cada vez mais urgente para os ingleses, engajados na luta contra
a poderosa Alemanha de Hitler – além dos mortos, o conflito deixava milhares e
milhares de feridos. Até que, em 1940, a dupla conseguiu, por congelamento,
desenvolver o pó da penicilina para administação venal. Os primeiros
tratamentos foram feitos em crianças, que precisavam de quantidade menor da
droga. Como os resultados foram animadores, a produção de Chain e Florey
expandiu-se para uma escala maior.
Começaram a pipocar minifábricas do remédio por
todos os cantos de Londres. Vários soldados feridos foram tratados e salvos,
fazendo com que a fórmula da penicilina se tornasse um grande segredo dos
países aliados. “Ao apresentar um efeito benéfico, a penicilina se tornou um
aliado da Grã-Bretanha na guerra. Todo cuidado era pouco para que suas amostras
não caíssem nas mãos dos nazistas”, diz Stefan Cunha Ujvari, médico do Hospital
Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, e autor do livro A História e suas
Epidemias.
A produção em larga escala logo chegou aos
Estados Unidos. Até que os laboratórios passassem a estocar o Penicillium
notatum em grandes tanques de fermentação, boa parte da penicilina americana
era fabricada em grande escala a partir de melões podres. Em 1945, o ano em que
a Segunda Guerra terminou, Fleming, Florey e Chain dividiram o Prêmio Nobel da
Medicina.
Classificação das Penicilinas e suas principais propriedades antimicrobianas
Material
consultado:
ALIXTO,
Carolina Maria Fioramonti; CAVALHEIRO, Éder Tadeu Gomes. Penicilina: Efeito do Acaso e Momento Histórico no Desenvolvimento
Científico. Química Niva Interativa - Sociedade Brasileira de Química.
Disponível em: <http://qnint.sbq.org.br/novo/index.php?hash=tema.63>.
Acesso em: 21 de abril de 2016.
SGARIONI,
Mariana. Penicilina: A mãe dos
antibióticos. Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/penicilina-mae-antibioticos-435806.shtml.
Acesso em: 21 de abril de 2016.
MARTINEZ, Marina. Penicilina. Disponível em: <http://www.infoescola.com/farmacologia/penicilina/>.
Acesso em 20 de abril de 2016.
SAÚDE E
ANTIBIÓTICOS. Classificação dos
Antibióticos. Disponível em: <http://www.cibersaude.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=69>.
Acesso em 20 de abril de 2016.
Por: Gabriela Martins
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